O tempo passa e a esperança começa a morrer, espero e espero por uma simples chamada ou sms a perguntar como estou, mas nada. O telemóvel toca, o coração bate forte como se quisesse saltar cá para fora, penso <<É ele! Desta vez é ele!>>, mas... mais uma vez engano-me. Ao longo dos dias continuas sem me sair da cabeça, penso como me fizeste feliz e as saudades que tenho de estar contigo, mas isso eu não te posso dizer, penso e tenho as tuas palavras a gritarem bem alto na minha mente "ACABOU", tudo o que penso torna-se num enorme remoinho de vento que fica cada vez mais forte e só pára quando escrevo, as lágrimas correm na minha cara como laminas, não param.Nunca fui de andar aos caídos pelos cantos, nunca tinha chorado à frente de um rapaz, nunca tinha gostado tanto de uma pessoa como gosto de ti, e não é apenas gostar é
amar, foste a pessoa que me mudou, a ti não tinha medo de admitir o que quer que fosse, mas perdi-te. Eu tento cumprir a minha promessa, mas os esforços parecem estar a ser em vão, para ti parece que morri, não existo, magoa-me pensar isso e ver como as coisas estão, e mais uma vez as lágrimas correm, quero parar de pensar mas não consigo, as tuas palavras continuam vivas na minha cabeça e custa. Ouço-as repetidamente, não as consigo fazer parar, parece que têm vontade própria, assim como as lágrimas que insistem em cair.
Será que alguma vez isto vai parar?
Será que alguma vez vamos ficar minimamente bem?
Estas são algumas das perguntas que tenho aos saltos na minha cabeça, mas só tu me podes dar essas respostas.
Sinto uma dor dentro do peito, não a consigo arrancar, mas só a dor me recorda de que és real, por muito que doa, sei que tudo o que vivi, foi realidade, não foi um sonho. Sempre te disse que nao imaginava a minha vida sem ti, e agora sei que antes nao podia imaginar, porque é uma dor imensa, pela qual nao estava a passar.
Neste momento só quero voltar a ouvir a tua voz e sentir os teus braços á minha volta e os teus lábios na minha testa, e sentir-me segura e acreditar que tudo vai ficar bem, como sempre fizeste quando precisei.
E no final mais uma lágrima cai, não a consigo segurar.